quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O voto é do cidadão

Impressionante foi a declaração da ex candidata à presidência da República do Brasil, dada em entrevista ao programa Atualidade, da rádio Gaúcha, no último dia 20 de outubro. Quando questionada sobre a neutralidade do seu voto e do Partido Verde neste segundo turno das Eleições, Marina Silva imediatamente esclareceu que tanto ela como a coordenação do Partido Verde optaram pela independência do voto dos seus eleitores, e não pela neutralidade, pois isso significaria descompromisso, tanto faz que seja X ou Y. Segundo Marina, o eleitor deve analisar ao máximo qual das duas propostas, que agora disputam o voto, realmente quer e planeja o melhor para o Brasil e para a democracia.
Continuando sua justificativa, Marina Silva acrescentou: o voto não é da Dilma ou do Serra; o voto é do cidadão. É ele que tem que assumir a responsabilidade pelas conseqüências do seu voto. O eleitor não pode votar pensando apenas no momento em que estamos vivendo: é preciso escolher pensando no futuro do país, ao menos projetando para o que desejamos nos próximos quatro anos. É o cidadão que escolhe e decide o seu futuro e do país.
Marina Silva se qualifica pela simplicidade, coerência e clareza de seu pensamento e atitudes. Mesmo estando fora da disputa neste segundo turno, ela continua desempenhando um papel fundamental para a democracia e a saúde política de nosso país: ou seja, educando, conscientizando, chamando a atenção de cada eleitor sobre a importância, poder e significado do seu voto. Infelizmente, é disso que mais precisamos: eleitores verdadeiramente conscientes do que estão fazendo cada vez que se aproximam de uma urna para eleger um novo dirigente.
Estamos falando da esfera pública de uma sociedade e não dos interesses egoístas das classes A, B, C, D, E, etc. Estamos escolhendo e decidindo sobre o que será melhor para todos os cidadãos brasileiros, de modo particular, os mais carentes, aqueles que mais têm fome de justiça e de pão.
Cuidar da vida neste planeta não é apenas uma responsabilidade civil, é acima de tudo uma atitude de gratidão a Deus Pai que tanto nos ama e presenteia. E assim como São Pedro, também podermos dizer: “‘Mestre, é bom estarmos aqui’” neste país. (Lc 9, 33).
Joice Maria Falkoski
Obs.: este artigo será publicado na coluna “Voz Católica”, do Jornal Primeira Página, do município de Portão/RS, no dia 29/10/2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário